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Cuidados na Administracao de Medicamentos

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Cuidados na Administração de Medicamentos

Características farmacológicas básicas, cuidados no preparo e administração de medicamentos.

PRINCIPIOS DE FARMACOLOGIA

 

Segundo Goodman, Gilman (2001), a farmacologia compreende o conhecimento da historia, origem, propriedades fisicas e quimicas, composicao, efeitos bioquimicos e fisiologicos, mecanismo de acao, absorcao, distribuicao e eliminacao, alem das propriedades terapeuticas e outros empregos de medicamentos.

 

terminologia

 

Droga: E qualquer substancia que, administrada no organismo vivo, pode produzir alteracoes somaticas ou funcionais;

 

Medicamento: E qualquer agente quimico, que administrado no organismo vivo, produz efeitos beneficos;

Dose: E a quantidade de medicamento que deve ser dada a pacientes de cada vez;

Dose Minima: E a menor quantidade de uma droga, capaz de produzir efeitos terapeuticos;

Dose Maxima: E a maior quantidade de uma droga, capaz de produzir efeitos terapeuticos sem apresentar efeitos indesejaveis;

Dose de Manutencao E a dose necessaria para manter os niveis desejaveis de medicamento na corrente sanguinea e tecidos durante tratamento.

 

 

Antibioticos

 

Sao substancias que exercem acao antimicrobiana. Podem ser produzidos por agentes vivos como cogumelos e bacterias ou ser elaborados sinteticamente. Os antibioticos podem agir predominantemente sobre as bacterias gram-positivos, sobre as bacterias gram-negativas ou ambas. Neste ultimo caso, e considerado antibiotico de amplo espectro. As bacterias podem ser sensiveis ou resistentes a um determinado tipo de antibiotico. A escolha do antibiotico mais eficiente para o tratamento de certos tipos de infeccoes, pode ser facilitada atraves do exame laboratorial denominado cultura em antibiograma que consiste no estudo da sensibilidade do microorganismo aos diversos tipos de antibioticos.

 

Grupos de antibioticos

 

Penicilinas Penicilina G Cristalina (Sodica ou Potassica);

Penicilina G Benzatina (Benzetacil, Longacilin);

Penicilina G Procaina (Wycillin);

Penicilina Semi-sinteticas Penicilina V (Pen-ve-oral);

Amoxilina (Amoxil®);

Ampicilina (Binotal®, Amplacilina®);

Carbenicilina®;

Cloxacilina®;

Oxacilina® (staficilin N®);

 

Cefalosporinas:

Cefalotina (Keflin®);

Cefaloridina®;

Cefalexina (Keflex®);

Cefazolina (Kefazol®).

 

Aminoglicosideos

Neomicina

Kanamicina

Gentamicina (Garamicina®)

Amicacina (Novamin®)

Tetraciclina Cloridrato de Oxitetraciclina (Terramicina®);

Fosfato Complexo de Tetraciclina (Tetrex®);

Doxiciclina (Vibramicina®)

Eritromicina (Ilosone®, Pantomicina® e Eritrex®);

Lincomicina (Frademicina®);

Cloranfenicol (Quemicetina®, Sintomicetina®);

 

Cuidados que devem ser tomados na Administracao de antibioticos

 

01 - De modo geral, a administracao de antibioticos via oral deve ser feita com leite, com excecao das tetraciclinas;

02 - A administracao por via intramuscular deve ser profunda, para diminuir a dor e favorecer a absorcao;

03 - As penicilinas nao cristalinas devem ser aplicadas com agulhas mais calibrosas: 30x8 ou 30x9;

04 - As penicilinas cristalinas devem ser diluidas em 50 a 100 ml de soro, para diminuir a possibilidade de ocorrer flebite;

05 - Antes de administrar penicilinas e seu derivados, , verificar se o paciente ja tomou anteriormente. Nao se encontrou ainda um meio adequado para a deteccao da sensibilidade a penicilinas, sendo o proprio teste cutaneo considerado uma manobra arriscada.

06 - Estimular a hidratacao em pacientes que nao tenham controle hidrico, pois grande parte dos antibioticos sao de eliminacao renal;

07 - Observar os efeitos toxicos de cada medicacao.

 

Anticonvulsivantes

 

Definicao Sao medicamentos utilizados principalmente em pacientes epileticos, evitando o desenvolvimento das convulsoes.

 

Fenilbarbital

Gardenal®; Comital®.

Possui acao depressiva sobre o sitema nervoso central, sendo utilizado no tratamento do grande mal.

 

Hidantoinas Defenil-dantoina (Hidantal, Epelin);

Defenil-dantoina + barbituricos (Comital);

As hidantoinas sao comumentes utilizadas como anticonvulsivantes e possuem pouca acao hipinotica.

 

Primidona (Mysoline®);

Usado no grande mal e epilepsia temporal.

 

Carbamazepina (Tegretol®);

Usado no grande mal e epilepsia temporal.

 

Clonazepan (Rivotril®);

Usado em associacao com outros anticonvulsivantes.

 

Cuidados que devem ser observados na administracao dos anticonvulsivantes

 

01 - O hidantal por via EV deve ser aplicado lentamente;

02 - O hidantal nao deve ser diluido em soro glicosado porque precipita;

03 - Administrar sempre com prescricao medica;

04 - Orientar o paciente para nao ingerir bebida alcoolica durante o tratamento, porque o alcool pode

potencializar a acao da droga.

 

Analgesicos e Antitermicos

 

Dipirona Novalgina, Comel.

Derivada da pirazolona, sendo usado por via VO ou parenteral.

 

Acetaminofeno: Tylenol®, Dorico®.

Possui acao antitermica e analgesica.

 

Aspirina® A.A.S®.,

Bayaspirina®.

Possui acao antitermica, analgesica e antiinflamatoria.

 

Propoxifeno Algafan®, Doloxene®.

E indicado pela acao analgesica. Nao deve ingerir bebida alcoolica durante o tratamento.

 

Morfina

E medicamento analgesico, derivado do opio, sendo seu uso parenteral. Produz dependencia fisica e psiquica.

Meperidina®, Dolantina®, Demeral®.

Produz alivio da dor principalmente a viceral. Deve-se ter cuidado na administracao pois pode induzir a depressao respiratoria e produz dependencia psiquica e fisica.

 

Cuidados que devem ser observados na administracao dos analgesicos

 

01 - A medicacao para dor ou hipertermia deve seguir a prescricao do dia ou do momento.

02 - Observar se o efeito do medicamento foi satisfatorio.

03 - Observar reacoes colaterais da droga. Comunicar o enfermeiro ou o medico se houver qualquer anormalidade.

04 - Os entorpecentes como Dolatina, Demerol, Morfina sao controlados, guardados em armario ou gaveta trancados a chave.

 

Corticoide

 

Definicao Sob acao do hormonio adrenocortico-trofico (ACTH), o cortex supra-renal secreta os hormonios, principalmente os glicocorticoides. Os corticoides, atualmente sao elaborados sinteticamente. Podem ser aplicados por via oral, parenteral e topica.

Os glicocorticoides possuem acao sobre o metabolismo dos carboidratos, gorduras, proteínas e eletrolitos, alem de interferir no sistema endocrino e sistema nervoso central.

Succinato ou Hemissuccinato de Hidrocortisona (Solu-Cortef®), Flebocortid, (Hidrocortisona®); Prednisona (Meticorten®), Succinato sodico de prednisolona, (Metilprednisolona®), Betametasona, (Celestone®), Dexametazona (Decadron®)

 

Cuidados que devem ser observados na administracao dos corticoides

 

01 - Controle de peso diario. O aumento de peso em pacientes que fazem uso de corticoides pode ser indicio de edema, devido a retencao de sodio e agua;

02 - Controle frequente de pressao arterial, pois os pacientes submetidos a terapia com corticoides estao propensos a apresentar hipertensao;

03 - E comum, como medida preventiva, a indicacao de dieta hipossodica ou assodica;

04 - A administracao por via oral deve ser acompanhada de leite, para amenizar o desconforto e as complicacoes gástricas;

05 - Observar sinais e sintomas de hipernatremia: cefaleia, hipertensao arterial, edema, oliguria ou anuria;

06 - Vigilancia quanto a liquidos ingeridos e eliminados. Estabelecer controle hidrico, conforme a orientacao medica;

 

Insulina e Hipoglicemiantes Orais

 

Definicao A insulina e um hormonio secreto pelas ilhotas de Langerhans do pancreas. A insulinoterapia e indicada nas formas graves de diabetes.

 

Insulina Simples

Possui acao rapida e fugaz, sendo indicada em emergencias.

Insulina NPH

Inicio de acao em torno de 2 horas e efeito maximo entre 8 a 10 horas.

Insulina Protamina Zinco (PZI)

Os hipoglicemiantes orais sao indicados principalmente no tratamento de diabeticos estaveis e de adultos. Os hipoglicemiantes mais conhecidos comercialmente sao: Diabinese® e Daonil®.

 

Cuidados que devem ser observados na administracao das insulinas e hipoglicemiantes orais

 

01 - Ao aplicar a insulina, usar seringa apropriada;

02 - Rodar o frasco entre as maos para homogeneizar a solucao;

03 - Rodizio dos locais de aplicacao para evitar lipodistrofias;

04 - Somente a insulina simples podera ser aplicada por via endovenosa, sendo as demais, em geral, subcutaneas.

05 - Alimentar o paciente, apos a administracao da insulina, para evitar reacao hipoglicemica;

06 - Manter em refrigeração a temperatura de 1 a 6 graus;

07 - Observar sinais de desidratacao, pois um paciente diabetico pode perder mais liquidos, devido a poliuria;

08 - Verificar glicemia capilar antes da administração da próxima dose.

 

Cardiotonicos

 

Definicao Cardiotonicos sao substancias que, pela acao direta no coracao, aumentam a forca de contracao miocardica (acao inotropica positiva). A restauracao do trabalho cardiaco promove a reducao da taquicardia e a melhora da estase venosa. Os cardiotonicos sao representados pelo grupo dos digitalicos, extraidos das plantas do genero Digitalis, Strophantus e Scilla. Os digitalicos sao indicados para tratamento de insuficiencia cardiaca congestiva (ICC) e certas irritmias (taquicardia atrial, fibrilacao e flutter atrial).

 

Lanatosideo C (Cedilanide®)

Digoxina (Digitoxina®).

Estrofantinas.

 

Cuidados que devem ser observados na administracao dos CARDIOTONICOS

 

01 - Verificar o pulso antes da administracao dos digitalicos, pois sao drogas que induzem a bradicardia;

02 - Se a frequencia cardiaca estiver igual ou abaixo de 60 batimentos por minuto, deve-se procurar orientacao medica;

03 - Averiguar qualquer sinal ou sintoma de intoxicacao digitalica (BAV-bloqueio atrioventricular), antes da administracao da droga;

04 - A administracao dos digitalicos deve seguir a prescricao do dia, apos a reavaliacao do paciente pelo medico;

05 - Manter vigilancia em relacao a diurese do paciente, pois e atraves da urina que os digitalicos sao eliminados. A estreita margem de seguranca e efeito cumulativo da droga favorecem a intoxicacao, se esta nao for adequadamente excretada.

06 - Colher e encaminhar amostra de sangue para dosagem periodica de potassio serico, conforme orientacao medica.

07 - Exceto em situacoes de emergencia, e indicada a administracao de digitalicos no periodo matutino, pois, em alguns pacientes, pode provocar insonia;

08 - A aplicacao endovenosa deve ser feita lentamente, observando-se as reacoes do paciente. Recomenda se que o paciente esteja monitorizado.

 

Antiarritmicos

 

Definicao: Sao medicamentos que melhoram ou interrompem as arritmias cardiacas. As arritmias podem estar relacionadas a anomalias ns formacao do impulso, defeitos de conducao, alteracao na excitabilidade e na forca de contracao miocardica.

 

Digitalicos

Propanolol.

Quinidina.

Procainamida.

Lidocaina.

Isoproterenol.

Fenitoina.

 

Cuidados que devem ser observados na administracao das antiarritmicos

 

01 - Controle de pulso e pressao antes e apos a administracao do medicamento. A pressao arterial deve ser controlada com o paciente na posicao deitada e em pe, devido a hipotensao postural;

02 - Observar as reacoes colaterais e sinais de intoxicacao. Comunicar o medico ou o enfermeiro; aplicar medicamento sintomatico, conforme a prescrição;

03 - A administracao de antiarritmicos por via parenteral deve ser feita com o paciente monitorizado;

Durante o uso de antiarritmicos, e feito controle e avaliacao, atraves do eletrocardiograma;

04 - Quando a droga for administrada por meio de infusao venosa, devem-se usar microgotas, com controle rigoroso do gotejamento;

05 - Observar quadro de confusao mental; se necessario, colocar o paciente em cama com grades e restringi-lo ao leito;

06 - Deixar o material de ressuscitacao em local acessivel.

 

Anti-Hipertensivos

 

Sao medicamentos utilizados no tratamento da hipertensao arterial.

 

Diazoxido.

Nitroprussiato de sodio (Nipride).

Metildopa.

Guanetidina.

Reserpina.

Prazosin.

 

Cuidados que devem ser observados na administracao das anti-hipertensivos

 

01 - Controle frequente da pressao arterial, com o paciente na posicao sentada e deitado, pois a maioria dos farmacos anti-hipertensivos, provocam hipotensao postural;

02 - Orientar o paciente para sentar-se antes de levantar-se da cama, para evitar hipotensao brusca e lipotimia;

03 - Verificar se os sintomas que indiquem manifestacao de efeitos colaterais. Comunicar o enfermeiro ou o medico, registrando asa anormalias na papeleta;

04 - Controlar diurese em pacientes que fazem uso de diureticos associados a anti-hipertensivos;

05 - Pacientes que receberam diazoxido devem permanecer em repouso no leito, devido a hipotensao postural.

 

 

Vasodilatadores

 

Definicao Atuam sobre as arteriolas promovendo vasodilatacao e melhorando o fluxo sanguineo tecidual. Os vasodilatadores podem agir sobre qualquer regiao do sistema circulatorio (gerais)

ou especificamente em determinados locais.

 

Bloqueadores alfa adrenergicos.

Estimulantes Beta-adrenergicos.

Naftidrofuril (Iridux).

Cinarizina.

Dipiridamol.

Dinitrato de Iso-sorbitol.

Nifedina (Adalat).

Cloridrato de Buflomedil (Bufedil).

 

Cuidados que devem ser observados na administracao dos anti-hipertensivos

 

01 - Controle de pressao arterial com o paciente em pe e deitado;

02 - Controle de pulso;

03 - Orientar o paciente para permanecer sentado por alguns minutos antes de levantar-se pois podera apresentar hipotensao postural;

04 - Observar os efeitos colaterais do medicamento comunicando ao enfermeiro ou ao medico, se houver qualquer anormalidade.

 

Vasopressores

 

Dopamina (Revivan®)

Indicada no tratamento de choque, age apenas em quanto esta sendo administrada. Melhora o debito cardiaco e o fluxo sanguineo mesenterico e renal, restabelecendo a diurese.

Deve ser administrada sempre em infusao venosa continua, lenta, atraves de microgotas, tendo cuidado de evitar seu extravasamento, porque pode determinar lesao tecidual.

 

Epinefrina (Adrenalina®)

Indicada principalmente no tratamento do broncoespasmo, choque anafilatico, parada cardiorrespiratoria.

 

cuidados que devem ser observados na administracao dos vasopressores

 

01 - Controlar rigorosamente PA, pulso, diurese, perfusao periferica (temperatura e coloracao das

extremidades);

02 - Usar sempre microgotas na infusao de vasopressores;

03 - Nao se deve ligar outros tipos de soro no mesmo local em que se infunde a droga vasoativa;

04 - Observar os efeitos colaterais do medicamento comunicando ao enfermeiro ou ao medico, se houver qualquer anormalidade.

 

10.11 - COAGULANTES E ANTICOAGULANTES

 

Coagulantes

 

Estrogenos Estriol (Styptanon),

Estrogenios Conjugados (Premarim).

Esponja de Gelatina (Gelfoam).

Veneno Botropico Botropil,

Boltropase.

 

Anticoagulantes

 

Heparina (Liquemine).

Dicumarina.

Fenindiona.

Anticoagulantes Topicos Hirudoid,

Trombofob.

 

 

Cuidados que devem ser observados na administracao dos coagulantes e anticoagulantes

 

01 - Seguir a prescricao do dia ao administrar os anticoagulantes porque a dose e baseada em dados laboratoriais.

02 - Observar sinais de sangramentos;

03 - As medicacoes parenterais deverao ser aplicadas com cuidado para evitar formacao de hematomas;

04 - Em relacao a heparina: Seguir rigorosamente o horario prescrito, usar microgotas com controle rigoroso de gotejamento.

 

 

DIURETICOS

 

Definicao Sao substancias que aumentam a producao de urina devido a maior excrecao de agua do organismo. Geralmente e acompanhada de perda de eletrolitos, principalmente, de sodio e potassio. Os diureticos promovem maior eliminacao de urina principalmente pelo aumento da filtracao glomerular e pela diminuicao da reabsorcao tubular.

 

Derivados Tiazidicos Clotadidona ( Higroton),

Dihidroclorotiazida (Clorana).

Inibidores da Anidrase Carbonica

Diureticos Poupadores de Potassio Espironolactona (Aldactone).

Diureticos de Alca Furosemida (Lasix).

Diuretico Osmoticos Manitol 20%.

 

 

Cuidados que devem ser observados na administracao dos diureticos

 

01 - Controlar o peso diario para avaliar o efeito do medicamento esta sendo satisfatorio;

02 - Controlar a pressao arterial pois os diureticos podem levar a hipotensao postural;

03 - Realizar controle hidrico;

04 - Observar os efeitos colaterais do medicamento comunicando ao enfermeiro ou ao medico, se houver qualquer anormalidade.

 

Sedativo da tosse

 

Codeina Belacodid,

Gotas Binelli.

 

broncodilatadores

 

Definicao: Sao medicamentos utilizados no tratamento da asma bronquicas.

 

Epinefrina (Adrenalina®).

Isoproterenol (Isuprel®).

Teofilina (Aminofilina®).

Fenoterol (Berotec®).

Terbutalina (Bricanyl®).

Salbutamol (Aerolin®).

Efedrina (Franol®).

 

 

Antiemeticos

 

Metoclopramida (Plasil®, Eucil®).

Dimenidrinato (Dramin®, Dramamine®).

 

Normas para administracao de medicamentos

 

01 - Nenhum medicamento deve ser administrado, quando se estiver em duvida a cerca da droga ou dose;

02 - Em caso de duvida, consultar a enfermeira e se necessario o medico;

03 - A dose de um medicamento prescrito so pode ser alterada pelo medico;

04 - Ao administrar qualquer medicacao V.O., nao toca-la diretamente com as maos;

05 - Somente administrar medicacao se a mesma constar na prescricao medica;

06 - Ler a prescricao cuidadosamente;

07 - Identifique o medicamento pelo rotulo, nunca pela aparencia;

08 - Nao administrar medicamento sem rotulo;

09 - Leia o rotulo tres vezes antes de administrar o medicamento:

a) No momento em que a localiza;

b) Enquanto estiver preparando;

c) No momento de dar ao paciente.

10. Identifique o paciente pelo nome, quarto e leito. Caso ocorra alguma duvida, somente administrar medicamento apos ter esta duvida dissipada;

11 - Permaneca ao lado do paciente ate que ele tenha ingerido o remedio;

12 - Se a medicacao for recusada, notificar a supervisão imediata, fazer anotacao no prontuario e colocar um circulo no horario da medicacao escrevendo a palavra recusada;

13 - Se cometer algum erro, comunicar imediatamente, a supervisão imediata;

14 - Nunca administrar medicamento preparado por outra pessoa, exceto as formulas industrializadas ex: clexane®;

15 - Nao conversar ou distrair-se quando estiver preparando medicamentos;

16 - Observar estes 05 itens antes de dar uma medicacao:

a) Paciente certo;

b) Horario certo;

c) Medicacao certa;

d) Dosagem certa;

e) Via de administracao certa.

17 - Sempre agitar o frasco de medicacao, em movimentos circulares, caso haja precipitado;

18 - Todo medicamento por via ocular, auricular ou nasal, devera ser de frasco e conta-gotas de uso individual;

19 - Sempre evitar que o conta-gotas toque a mucosa;

20 - Toda medicacao via parenteral devera ser precedida de antissepsia com algodao com alcool;

21 - Toda medicacao intramuscular devera ser administrada a um angulo de 90 da agulha em relacao a pele do paciente;

22 - Toda medicacao subcutanea devera ser feita a um angulo de 45 da agulha (25 x 8) em relacao a pele do paciente. Se a agulha for 15 x 5 o angulo e de 90;

23 - Toda medicacao intradermica devera ser feita a um angulo de 15 da agulha em relacao a pele do paciente;

24 - No caso de aplicacao de soro por via endovenosa (venoclise), somente aplicar solucoes limpidas sem turvacoes;

25 - Toda medicacao, intramuscular deve ser aspirada apos a introducao da agulha, a fim de verificar se atingiu algum vaso sanguineo;

26 - As medicacoes administradas sublinguais, devem ser colocadas sob a lingua e deixadas para serem absorvidas pela mucosa;

27 - Para preparar medicacoes, deve-se ficar em locais claros que permitam uma boa visualizacao, para evitar possiveis enganos;

28 - No caso de medicacoes liquidas e solucoes, colocar em seringas ate o limite desejado e apos, vazar o conteudo em recipiente proprio;

29 - Ao despejar a medicacao deve-se conservar o rotulo do frasco voltado para a palma da mao, evitando assim manchar o mesmo com a solucao;

30 - As injecoes intramusculares sao aplicadas usualmente nos musculos. E no caso de Voltarem® e Benzetacil® pode administrar na regiao glutea usando a técnica ventro-glutea;

31 - Caso o paciente esteja tomando injecoes subcutaneas muito frequentes, deve-se sempre variar o local de aplicacao (face externa da coxa, musculo deltoide, face interna do antebraco, abdomem e gluteo);

32 - A medicacao intradermica e usada especialmente para testes e vacinas;

33 - Apos a aspiracao da medicacao do frasco ampola a agulha devera ser trocada;

34 - As medicacoes por via retal, sao envolvidas em gelatina ou manteiga de cacau, que derretem a temperatura ambiente. Devem ser conservadas em geladeira ou lugar fresco;

35 - Nas venoclises, deve-se evitar as veias localizadas nas articulacoes, pois impedem a livre movimentacao do paciente;

36 - Em pacientes que recebem soro continuamente, deve-se variar o local da aplicacao cada 72 horas, para evitar flebites;

37 - Nas venoclises, observar qualquer queixa do paciente ou anormalidade no local da aplicacao. Nos casos de duvida, solicitar orientações da supervisao imediata;

38 - Nunca reencapar agulhas utilizadas.

 

Medicamentos Via Oral (Capsula, Comprimido e Dragea)

 

Definicao: E o medicamento ingerido atraves da boca com agua, leite, suco;

 

Material

 

Bandeja,

Recipiente para colocar a medicacao,

Leite ou agua,

Fita adesiva para identificar (nome do paciente, leito, quarto).

 

Tecnica

 

01 - Lavar as maos;

02 - Verificar pela prescricao medica a data, horario, o nome e a dosagem da medicacao, bem como, o nome do paciente, o no do leito e quarto;

03 - Ler cuidadosamente, o rotulo da medicacao antes de prepara-la e compara-la com a prescricao medica;

04 - Colocar a medicacao no recipiente apropriado;

05 - Identificar o paciente pelo nome, leito, quarto e horario;

06 - Explicar o procedimento e informar o paciente sobre a medicacao a ser administrada;

07 - Observar as condicoes de degluticao do paciente;

08 - Colocar o paciente em posicao favoravel a degluticao do medicamento;

09 - Administrar a medicacao sem toca-la diretamente com as maos, oferecendo agua ou leite no copo do paciente;

10 - Permanecer ao lado do paciente ate que a medicacao seja deglutida;

11 - Lavar as maos;

12 - Checar a medicacao na prescricao e anotar quaisquer anormalidades;

 

medicamentos via oral (gotas, xarope, suspensao)

 

Material

 

Bandeja,

Recipiente para colocar a medicacao,

Leite ou agua,

Fita adesiva para identificar (nome do paciente, leito, quarto).

 

Tecnica

 

01 - Lavar as maos;

02 - Verificar pela prescricao medica, horario, o nome e a dosagem da medicacao, bem como, nome do paciente, quarto e leito;

03 - Ler cuidadosamente, o rotulo da medicacao antes de prepara-la e compara-lo com a prescricao medica;

04 - Agitar o frasco antes do uso, caso haja precipitado;

05 - Colocar a medicacao no recipiente graduado (seringa) e vazar o conteudo em recipiente proprio para a medicacao;

06 - Evitar retorno de medicamento aos recipientes de origem;

07 - Identificar o paciente pelo nome, leito, quarto e horario;

08 - Explicar o procedimento e informar o paciente sobre a medicacao a ser administrada;

09 - Observar as condicoes de degluticao do paciente;

10 - Colocar o paciente em posicao confortavel, favoravel a degluticao da medicacao;

11 - Permanecer ao lado do paciente ate que a medicacao seja deglutida;

12 - Lavar as maos;

13 - Checar a medicacao na prescricao e anotar quaisquer anormalidades;

 

Obs: - Equivalencia aproximada das medidas liquidas:

01 Colher de cafe = 2 ml;

01 Colher de cha = 5 ml;

01 Colher de sobremesa = 10 ml;

01 Colher de sopa = 15 ml.

 

 

medicamentos via nasal

 

Definicao: E a aplicacao de medicamentos liquidos na narina, objetivando-se aliviar a congestao nasal, facilitar drenagem de secrecao nasal, aumentar a producao de leite materno no puerperio

 

Material

 

Bandeja,

Frasco de medicamento com conta-gotas,

Gazes,

Fita adesiva para identificar (nome do paciente, leito, quarto),

 

Tecnica

 

01 - Lavar as maos;

02 - Verificar pela prescricao: data, horario, nome do medicamento, dosagem da medicacao, bem como, nome do paciente, leito e quarto;

03 - Identificar o paciente;

04 - Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente;

05 - Abrir o frasco e aspirar o medicamento;

06 - Segurar o conta-gotas pelo bulbo, evitando que a solucao entre no bulbo da borracha;

07 - Colocar o paciente em decubito dorsal com a cabeca inclinada para tras;

08 - Instalar diretamente no fundo da cavidade nasal, evitando que o conta-gotas toque na mucosa nasal;

09 - Limpar o excesso de medicamento com a gaze;

10 - Solicitar ao paciente que permaneca alguns minutos em decubito dorsal;

11 - Recolocar o conta-gotas no frasco, apos limpeza do mesmo em agua corrente e sabao;

12 - Lavar as maos;

13 - Checar a medicacao na prescricao e anotar quaisquer anormalidades;

 

 

medicamentos via auricular

 

Definicao: E a introducao de medicamentos no canal auditivo externo, com a finalidade de prevenir ou tratar processos inflamatorios, infecciosos, facilitar a saida de cerumem e corpos estranhos.

 

Material

 

Bandeja,

Frasco de medicamento com conta-gotas,

Gazes,

Fita adesiva para identificar (nome do paciente, leito, quarto).

 

Tecnica

 

01 - Lavar as maos;

02 - Verificar pela prescricao: data, horario, nome do medicamento, dosagem da medicacao, bem como, nome do paciente, leito e quarto;

03 - Identificar o paciente;

04 - Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente;

05 - Abrir o frasco e aspirar a quantidade prescrita;

06 - Segurar o conta-gotas pelo bulbo de borracha, evitando que a solucao suba ate ele (que a medicacao fique restrita ao bulbo do vidro ou plastico);

07 - Colocar o paciente em decubito lateral (com o ouvido a ser medicado para cima, em posicao confortavel);

08 - Puxar, gentilmente, o lobo da orelha para cima e para tras;

09 - Instilar a medicacao, evitando que entre em contato com a pele do paciente;

10 - Proteger o orificio com gaze ou algodao;

11 - Solicitar ao paciente que permaneca por alguns minutos nesta posicao;

12 - Repetir o procedimento para o ouvido oposto;

13 - Fechar o frasco de medicacao;

14 - Limpar com gaze a regiao auricular externa, se necessario;

15 - Lavar as maos;

16 - Checar na prescricao medica a medicacao e anotar qualquer anormalidade.

 

 

medicacao via ocular

 

Definicao: Consiste na aplicacao de pomada ou colirio na conjuntiva ocular com a finalidade de: (proteger a cornea, tratar infeccoes, dilatar a pupila (midriase), contrair a pupila (miose), anestesiar.

 

Material

 

Bandeja,

Frasco de medicamento prescrito,

Conta-gotas,

Gazes,

Fita adesiva para identificar (nome do paciente, leito, quarto).

 

Tecnica

 

01 - Lavar as maos;

02 - Verificar pela prescricao: data, horario, nome do medicamento, dosagem da medicacao, bem como, nome do paciente, leito e quarto;

03 - Identificar o paciente;

04 - Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente;

05 - Deitar ou sentar o paciente na cadeira, com a cabeca mantida e apoiada para tras, em posicao confortavel;

06 - Limpar as palpebras e os cilios com a gaze, se necessario;

07 - Segurar o conta-gotas pelo bulbo, evitando que a solucao entre no bulbo de borracha;

08 - Expor a conjuntiva da palpebra inferior, colocando o indicador proximo a margem da palpebra inferior, abaixando os cilios e exercendo pressao para baixo;

09 - Segurar o conta-gotas proximo ao olho, evitando encosta-lo nas palpebras e cilios;

10 - Pedir ao paciente para olhar para cima;

11 - Instilar as gotas prescritas na conjuntiva (parte deital);

12 - Solicitar ao paciente que feche as palpebras e mova os olhos, permitindo o escoamento sobre as superficies conjuntivais do globo ocular;

13 - Enxugar o excesso do medicamento com a gaze no sentido de dentro para fora;

14 - Repetir o mesmo procedimento para o outro olho;

15 - Fechar o frasco do medicamento;

16 - Observar as reacoes do paciente;

17 - Colocar o paciente em posicao confortavel;

18 - Lavar as maos;

19 - Checar o horario da medicacao na prescricao medica e anotar qualquer irregularidade.

 

Obs: - O frasco de medicamento e o conta gotas deverao ser de uso individual.

 

medicacao via sublingual

 

Definicao: E a administracao de medicamentos em baixo da lingua;

 

Material

 

Bandeja,

Recipiente para colocar a medicacao,

Fita adesiva para identificar (nome, leito, quarto do paciente).

 

Tecnica

 

01 - Lavar as maos;

02 - Verificar pela prescricao medica o medicamento, a data, o horario, a dosagem, o nome do paciente, o leito e o quarto;

03 - Identificar o paciente: nome, leito e quarto;

04 - Explicar o procedimento ao paciente;

05 - Colocar o paciente em posicao confortavel;

06 - Colocar o comprimido na mao do paciente solicitando-o que coloque-o sob a lingua;

07 - Orientar o paciente para que permaneca com o medicamento sob a lingua, ate a diluicao do mesmo;

08 - Observar as possiveis reacoes do paciente;

09 - Lavar as maos;

10 - Checar o horario do medicamento na prescricao e anotar irregularidades.

 

Medicacao Via Retal

 

Definicao: E a administracao de medicacao no reto.

 

Material

 

Bandeja,

Luvas de procedimento;

Recipiente para colocar o supositorio;

Biombos;

Fita adesiva para identificar (nome, leito, quarto do paciente);

Gazes.

 

Tecnica

 

01 - Lavar as maos;

02 - Verificar pela prescricao medica nome do medicamento, data, horario, dosagem, nome do paciente, leito e quarto;

03 - Identificar o paciente: nome, leito e quarto;

04 - Explicar ao paciente o que sera feito;

05 - Isolar a cama com biombos;

06 - Coloca-lo em posicao SIMS;

07 - Calcar luvas;

08 - Pegar o supositorio, retirar o involucro e segurar na mao direita, com gaze;

09 - Afastar as nadegas com a mao esquerda;

10 - Introduzir o supositorio delicadamente e pedir ao paciente que o retenha, por alguns minutos, para evitar que o supositorio seja expelido;

11 - Desprezar as luvas e as gazes no lixo do banheiro do quarto do paciente;

12 - Lavar as maos;

13 - Checar na prescricao o horario da medicacao e anotar qualquer irregularidade;

 

 

medicacao via vaginal

 

Definicao: Consiste na introducao na vagina de liquidos ou medicamentos.

 

Material

 

Medicamento prescrito,

Luvas de procedimento,

Aplicado vaginal,

Biombo.

 

Tecnica

 

01 - Lavar as maos;

02 - Verificar pela prescricao medica nome do medicamento, data, horario, dosagem, nome do paciente, leito e quarto;

03 - Identificar o paciente: nome, leito e quarto;

04 - Explicar ao paciente o que sera feito;

05 - Isolar a cama com biombos;

06 - Calcar luvas de procedimento;

07 - Colocar a paciente em posicao ginecologica, apos higiene intima;

08 - Afastar os pequenos labios com os dedos indicador e polegar e introduzir o aplicador;

09 - Injetar a pomada e retirar o aplicador;

10 - Retirar as luvas;

11 - Deixar a paciente em posicao confortavel

12 - Encaminhar o aplicador para o expurgo e lava-lo com agua e sabao;

13 - Anotar no prontuario.

 

medicacao via parenteral

 

I - Intramuscular

II - Subcutanea

III - Intradermica

IV - Endovenosa

V - Venoclise (soroterapia)

 

Para execucao de tal tecnica, sao utilizados: seringas, agulhas e medicamentos esterilizados.

As seringas utilizadas variam de 1 a 20 ml. A escolha depende do volume da droga e via.

 

Obs: Calibres de Agulhas

 

Via IM

 

25x7 - 30x7 Solucao aquosas;

25x8 - 30x8 Solucao oleosas;

40x7 - 40x7 Paciente obeso.

 

Via EV

 

25x7 - 30x7 Solucao aquosas

25x8 - 30x8 (Depende do tipo de paciente)

 

Via SC

 

20x6 - 20x7 Solucao aquosas

20x8 Solucao oleosas

10x5 I.D.

 

intramuscular

 

Definicao: Consiste na aplicacao e solucao medicamentosa no musculo. E de acao rapida porem menos que a EV. Os locais de aplicacao mais utilizados sao: deltoide, regiao glutea, vasto lateral

que fica no terco medio lateral da coxa, ventrio gluteo.

O paciente podera apresentar algumas anormalidades decorrentes de acidentes ou falhas de aplicacao assim como: lesao de nervos, lesao de vasos, lesao de tecidos subcutaneo,

abscessos por falhas septicas.

 

Material

 

Bolas de algodao embebidas em alcool a 70%,

Seringa esterilizada,

Agulha esteril,

Bandeja,

Medicacao prescrita,

Fita adesiva para identificar (nome, leito, quarto do paciente).

 

Tecnica

 

01 - Lavar as maos;

02 - Verificar pela prescricao: nome do medicamento, data, horario, dosagem, nome do paciente, leito e

quarto;

03 - Dispor o material a ser usado, sobre o balcao da sala de medicacao;

04 - Abrir o pacote da seringa;

05 - Conectar a agulha ao bico da seringa, mantendo os principios de assepsia;

06 - Limpar com algodao embebido em alcool a 70%, quebrar a ampola envolvida numa gaze seca, colocando-a entre os dedos indicador e medio da mao esquerda;

07 - Pegar a seringa com a mao direita, introduzindo, cuidadosamente, sem tocar nas bordas, a agulha na ampola, com o bisel voltado para baixo;

08 - Aspirar todo o liquido, protegendo a agulha com a sua capa protetora, retirando todo ar da seringa;

09 - Trocar a agulha;

10 - Colocar a seringa na bandeja, identificada com fita adesiva (nome do medicamento, dose, via, nome do paciente, leito e quarto) e algodao com alcool;

11 - Explicar o procedimento ao paciente;

12 - Conversar com o paciente sobre sua preferencia pelo local a ser aplicado;

13 - Certificar-se de que a regiao escolhida pelo paciente e a mais indicada, deixando-o em posicao confortavel e adequada;

14 - Expor o local da aplicacao;

15 - Fazer a antissepsia da regiao com algodao, deixando-o entre os dedos minimos e anular da mao esquerda;

16 - Firmar o musculo com a mao esquerda e introduzir a agulha no musculo, com um so movimento, formando com a mesma pele, um angulo de 90;

17 - Aspirar a seringa com a mao esquerda para verificar se a agulha nao atingiu vaso sanguineo;

18 – Imobilizar a agulha, segurando o corpo da seringa, com a mao direita;

19 - Injetar lentamente o liquido;

20 - Retirar a agulha com movimento rapido e preciso, comprimindo a pele com a bola de algodao;

21 - Recompor o paciente e coloca-lo em posicao confortavel;

22 - Colocar o material na bandeja e encaminha-lo para sala de medicacao onde sera desprezado em caixa de material cortante;

23 - Checar a medicacao na folha de prescricao e anotar qualquer irregularidade.

 

*Obs: - Não administrar medicacao IM no deltoide, pois pode formar abcesso nessa regiao.

 

subcutanea

 

Definicao: Consiste na introducao de medicamento no tecido subcutaneo, tambem chamada de hipodermica. Utiliza-se aplicacao de pequena quantidade de liquido, no maximo 2 ml, em geral, 1 ml. Essa via e para farmacos de absorcao lenta; assim como, as insulinas, vacinas.

Locais de aplicacao: Deltoide, face externa do braco, face externa da coxa, face anterior da coxa, parede abdominal, regiao escapular.

 

Material

 

Bolas de algodao embebidas em alcool a 70%,

Seringa esterilizada,

Agulha esteril,

Bandeja,

Medicacao prescrita,

Fita adesiva para identificar medicacao (nome, leito, quarto do paciente).

 

Tecnica

 

01 - Lavar as maos;

02 - Verificar pela prescricao: nome do medicamento, data, horario, dosagem, nome do paciente, leito e quarto;

03 - Dispor o material a ser usado, sobre o balcao da sala de medicacao;

04 - Abrir o pacote da seringa;

05 - Conectar a agulha ao bico da seringa, mantendo os principios de assepsia;

06 - Limpar com algodao embebido em alcool a 70%, quebrar a ampola colocando-a entre os dedos indicador e medio da mao esquerda;

07 - Pegar a seringa com a mao direita, introduzindo, cuidadosamente, sem tocar nas bordas, a agulha na ampola, com o bisel voltado para baixo;

08 - Aspirar todo o liquido, protegendo a agulha com a sua capa protetora, retirando todo ar da seringa;

09 - Trocar a agulha;

10 - Colocar a seringa na bandeja, identificada com fita adesiva (nome do medicamento, dose, horario, via, nome do paciente, leito e quarto) e algodao com alcool;

11 - Explicar o procedimento ao paciente;

12 - Conversar com o paciente sobre sua preferencia pelo local a ser aplicado;

13 - Certificar-se de que a regiao escolhida pelo paciente e a mais indicada, deixando-o em posicao confortavel e adequada;

14 - Expor o local da aplicacao;

15 - Fazer a antissepsia da regiao com algodao, deixando-o entre os dedos minimos e anular da mao esquerda;

16 - Firmar o musculo com a mao esquerda e introduzir a agulha no musculo, com um so movimento, formando com a mesma pele, um angulo de 45 , tratando-se de agulha 25 x 7 ou um angulo de 90 com agulha 13 x 4,5; fazendo a prega cutanea;

17 - Aspirar a seringa com a mao esquerda para verificar se a agulha nao atingiu vaso sanguineo;

18 - Imobilizar a agulha, segurando o corpo da seringa, com a mao direita;

19 - Injetar o liquido lentamente com a mao esquerda;

20 - Retirar a agulha com movimento rapido e preciso, comprimindo a pele com a bola de algodao;

21 - Limpar a regiao levemente com algodao, sem massagear o local;

22 - Recompor o paciente e coloca-lo em posicao confortavel;

23 - Colocar o material na bandeja e encaminha-lo para sala de medicacao onde sera desprezado em caixa de material perfuro-cortante;

24 - Checar a medicacao na folha de prescricao e anotar quaisquer irregularidades, se ocorrerem;

 

 

intradermica

 

Definicao: E a administracao de medicamento na derme, sendo indicado para vacinas e testes de diagnosticos e hipersensibilidades;

Local de Aplicacao: Teoricamente, pode ser aplicado em qualquer area, mas a regiao mais indicada e a face interna do antebraco.

 

Material

 

Bolas de algodao embebidas em alcool a 70%,

Seringa esterilizada,

Agulha esteril,

Bandeja,

Medicacao prescrita,

Fita adesiva para identificar medicacao (nome, leito, quarto do paciente).

 

Tecnica

 

01 - Lavar as maos;

02 - Verificar pela prescricao: nome do medicamento, data, horario, dosagem, nome do paciente, leito e quarto;

03 - Dispor o material a ser usado sobre o balcao da sala de medicacao;

04 - Abrir o pacote da seringa;

05 - Conectar a agulha ao bico da seringa, mantendo os principios de assepsia;

06 - Limpar com algodao embebido em alcool a 70%, quebrar a ampola colocando-a entre os dedos indicador e medio da mao esquerda;

07 - Pegar a seringa com a mao direita, introduzindo, cuidadosamente, sem tocar nas bordas, a agulha na ampola, com o bisel voltado para baixo;

08 - Aspirar todo o liquido, protegendo a agulha com a sua capa protetora, retirando todo ar da seringa;

09 – Trocar a agulha;

10 - Colocar a seringa na bandeja, identificada com fita adesiva (nome do medicamento, dose, horario, via, nome do paciente, leito e quarto) e algodao com alcool;

11 - Explicar o procedimento ao paciente;

12 - Conversar com o paciente sobre sua preferencia pelo local a ser aplicado;

13 - Certificar-se de que a regiao escolhida pelo paciente e a mais indicada, deixando-o em posicao confortavel e adequada;

14 - Expor o local da aplicacao;

15 - Fazer a antissepsia da regiao com algodao, deixando-o entre os dedos minimos e anular da mao esquerda;

16 - Firmar o musculo com a mao esquerda e introduzir a agulha no musculo, com um so movimento, formando com a mesma pele, um angulo de 15 . Estando a agulha em posicao correta, o bisel ficara visivel atraves da pele;

17 - Aspirar com a mao esquerda para verificar se a agulha nao atingiu vaso sanguineo;

18 - Firmar a agulha, segurando o corpo da seringa, com a mao direita;

19 - Injetar o medicamento vagarosamente, observando que surgira uma papula no local da aplicacao;

20 - Retirar a agulha com movimento rapido e preciso, comprimindo a pele com a bola de algodao;

21 - Nao friccionar o local;

22 - Recompor o paciente e coloca-lo em posicao confortavel;

23 - Colocar o material na bandeja e encaminha-lo para sala de medicacao onde sera desprezado em caixa de material cortante;

24 - Checar a medicacao na folha de prescricao e anotar quaisquer irregularidades, se ocorrerem.

 

 

endovenosa

 

Definicao: E a administracao de uma droga diretamente na veia, afim de obter uma acao imediata do medicamento. Tem como objetivos: Retirar sangue para exames de laboratorio, introduzir medicamentos, acao rapida do efeito do medicamento, introduzir maiores quantidades de liquidos.

 

Material

 

Bandeja,

Luvas para procedimento,

Seringa esterilizada,

Agulha esteril,

Recipiente com bolas de algodao embebidas em alcool a 70%,

Garrote.

 

Tecnica

 

01 - Lavar as maos;

02 - Verificar pela prescricao: nome do medicamento, data, horario, dosagem, nome do paciente, leito e quarto;

03 - Dispor o material a ser usado, sobre o balcao da sala de medicacao;

04 - Abrir o pacote da seringa;

05 - Conectar a agulha ao bico da seringa, mantendo os principios de assepsia;

06 - Limpar com algodao embebido em alcool a 70%, quebrar a ampola colocando-a entre os dedos indicador e medio da mao esquerda;

07 - Pegar a seringa com a mao direita, introduzindo, cuidadosamente, sem tocar nas bordas, a agulha na ampola, com o bisel voltado para baixo;

08 - Aspirar todo o liquido, protegendo a agulha com a sua capa protetora, retirando todo ar da seringa;

09 – Trocar a agulha;

10 - Colocar a seringa na bandeja, identificada com fita adesiva (nome do medicamento, dose, horario, via, nome do paciente, leito e quarto) e algodao com alcool;

11 - Explicar o procedimento ao paciente;

12 - Conversar com o paciente sobre sua preferencia pelo local a ser aplicado;

13 - Certificar-se de que a regiao escolhida pelo paciente e a mais indicada, deixando-o em posicao confortavel e adequada;

14 - Calcar as luvas de procedimento;

15 - Expor o local da aplicacao, escolhendo a veia;

16 - Fixar o garrote acima do local escolhido, uns quatro dedos;

17 - Palpar novamente a veia e verificar se e mesmo a mais indicada;

18 - Fazer a antissepsia do local com algodao, em sentido unico do retorno venoso;

19 - Pedir ao paciente para fechar a mao;

20 - Pegar a seringa, certificando-se de que esta sem ar e mantenha a escala numerica voltada para cima e o bisel da agulha tambem;

21 - Segurar o braco do paciente com a mao esquerda, fixando a veia abaixo do local onde foi feita a

antissepsia e com a mao direita introduzir a agulha na direcao da veia, no local onde foi feita a antissepsia;

22 - Aspirar a seringa com a mao esquerda, se aparecer sangue, a veia esta pega;

23 - Soltar o garrote e pedir ao paciente para abrir a mao;

24 - Injetar lentamente o medicamento, observando as reacoes do paciente, a cada 5 a 10 ml injetado;

25 - Aspirar sempre para certificar-se de que esta na veia;

26 - Colocar o algodao proximo da agulha assim que terminar a aplicacao;

27 - Retirar a agulha sem movimentos bruscos;

28 - Comprimir o local com algodao;

29 - Deixar o paciente em posicao confortavel;

30 - Colocar o material na bandeja e encaminha-lo para sala de medicacao onde sera desprezado em caixa de material cortante;

31 - Checar a medicacao na folha de prescricao e anotar quaisquer irregularidades, se ocorrerem.

 

Obs: - A solucao administrada EV deve ser cristalina, nao oleosa, nao conter flocos em suspensao;

- Ao Administrar a solucao retirar todo o ar da seringa;

- Aplicar lentamente a medicacao observando a reacao do paciente;

- Verificar a permanencia da agulha na veia durante a aplicacao;

- Retirar a agulha se observar hematoma ou infiltracao e repetir a operacao em outro membro.

 

Complicacoes

 

01 - Choque: Apresenta como principais sintomas a palidez, lipotimia ansiedades, tremores, hiperamia, cianose. Pode ser:

a) Pirogenico: Devido a introducao de solucao contaminada;

b) Anafilatica: Devido a hipersensibilidade a droga;

c) Periferica: Devido a causas diversas, como aplicacao rapida, dosagem elevada, etc..., envolve

fatores emocionais.

02 - Embolia: Em geral e fatal, pode ser:

a) Gasosa: Devido a introducao de ar na circulacao sanguinea;

b) Oleosa: Devido a introducao de solucao oleada na circulacao;

c) Sanguinea: Devido a mobilizacao de trombo.

03 - Flebites e Tromboflebites: E um processo inflamatorio das veias tornando a area dolorosa e hiperemiada;

04 - Esclerose das veias devido a aplicacoes frequentes na mesma veia e solucoes hipertonicas;

05 - Hematoma;

06 - Infiltracao medicamentosa: Devido ao extravasamento da solucao fora da veia;

07 - Abscessos: Sao processos infecciosos, devido a falta de assepsia e introducao de solucoes irritantes fora da veia.

 

venolise ou soroterapia

 

Definicao: E a administracao, atraves de uma veia, de regular quantidade de liquido no organismo. E indicada para: Repor liquidos nos casos de hemorragia, choque, desidratacao, manter veia

para administrar medicamentos EV, administrar medicamentos, proteinas, eletrolitos, vitaminas.

 

Solucoes mais Utilizadas

 

Soro glicosado 5%, 10%, 25%, 50%, soro fisiologico, soro glicofisiologico, solucao de manitol, solucao de bicarbonato de sodio a 3% e 10%. solucao de ringer simples, solucao de ringer lactato, hemacel ou RH4O, solucao de aminoacidos, etc...

 

Locais de Aplicacao

 

Em qualquer veia dos membros superiores evitando-se as localizadas nas articulacoes.

Controlar o gotejamento conforme a prescricao e deixar o paciente em posicao confortavel.

 

Calculo de Gotejamento

 

a) No de gotas por minutos = Volume/ horas x 3

 

b) No de gotas = Volume em gotas

Tempo em minuto

 

Obs: 1 ml = 20 gotas

        1 h = 60 minutos

 

Material

 

Bandeja,

Frasco de soro com solucao prescrita,

Scalp ou Abbocath,

Cortador de soro descartavel,

Recipiente com bolas de algodao embebidas em alcool a 70%,

Suporte para frasco de soro

Tala ou atadura para imobilizacao (se necessario),

Seringa e agulha esterilizada,

Garrote,

Esparadrapo em tiras,

Equipo de soro,

Luvas para procedimento,

Identificacao do soro.

 

Tecnica

 

01 - Lavar as maos;

02 - Verificar pela prescricao: nome do medicamento, data, horario, dosagem, nome do paciente, leito e quarto;

03 - Dispor o material a ser usado, sobre o balcao da sala de medicacao;

04 - Observar as caracteristicas da solucao contida no frasco;

05 - Abrir o frasco de solucao com cortador de soro descartavel;

06 - Acrescentar a medicacao prescrita, obedecendo os principios de assepsia;

07 - Conectar o equipo de soro no frasco;

08 - Retirar o ar do equipo, escorrendo o soro ate a extremidade livre do equipo;

09 - Proteger a extremidade livre do equipo;

10 - Fazer nivel no copinho (camara gotejadora);

11 - Clamp o equipo;

12 - Colocar a identificacao no frasco de soro

a) Nome do paciente, leito e quarto;

b) Nome e volume da solucao;

c) Nome e quantidade das medicacoes acrescidas;

d) Minimo de gotas por minuto;

e) Inicio e termino da soroterapia;

f) Data e horario;

g) Assinatura do funcionario que instalou.

13 - Colocar o frasco na bandeja, devidamente identificado;

14 - Completar a bandeja com o resto do material necessario;

15 - Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente;

16 - Pendurar o frasco no suporte de soro, junto ao leito do paciente;

17 - Calcar luvas de procedimento;

18 - Puncionar a veia conforme tecnica de medicacao endovenosa, que na soroterapia faz uso de scalp ou abbocath;

19 - Conectar o scalp ou abbocath ao equipo de soro, apos puncionar veia;

20 - Fixar o cateter intravenoso ou scalp, com esparadrapo;

21 - Desclampear o equipo de soro;

22 - Graduar o numero de gotas prescritas;

23 - Certificar-se de que o soro esta correndo na veia;

24 - Deixar o paciente em posicao confortavel e o ambiente em ordem;

25 - Colocar o material na bandeja e encaminha-lo para sala de medicacao onde sera desprezado em caixa de material cortante;

26 - Desprezar luvas de procedimento

27 - Lavar as maos;

28 - Checar a instalacao do soro, colocando a hora e anotando quaisquer irregularidades, se houver;

 

Obs: - Em caso de pacientes inconscientes, agitado ou crianca, fazer imobilizacao;

- Ao termino do soro: retira-lo ou troca-lo por outro.

 

Retirada de Soro Endovenoso (Venoclise)

 

Material

 

Bandeja,

Algodao com alcool a 70%,

Algodao com eter,

Luvas para procedimento.

 

Tecnica

 

01 - Lavar as maos;

02 - Calcar as luvas de procedimento;

03 - Explicar ao paciente o que sera feito;

04 - Clampear o equipo de soro;

05 - Retirar o esparadrapo que fixa o scalp ou cateter intravenoso a pele do paciente, com algodao ou gaze embebida em eter;

06 - Colocar o algodao com alcool proximo ao scalp ou cateter intravenoso e retire-o aplicando leve pressao;

07 - Observar se houve hemostasia;

08 - Observar se o local necessita de cuidados especiais;

09 - Colocar o material na bandeja e encaminha-lo para sala de medicacao onde sera desprezado na caixa de material cortante;

10 - Desprezar luvas de procedimento;

11 - Checar na prescricao, o termino da soroterapia e anotar na Observacao de Enfermagem;

12 - Anotar a ocorrencia irregularidades.

 

 

 

 

Referencias:

 

GOODMAN, L. S.; GILMAN, A. G. Rio De Janeiro Ed. 11. As Bases Farmacoligicas da Terapêutica. Ed. Guanabara. 2007.

POTTER; Patricia. A.; PERRY, Anne Griffin. Fundamentos de enfermagem. Trad. Luciana Teixeira Gomes; Lucya Hellena Duarte; Maria Inês Correa Nascimento. 5 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

SMITH- TEMPLE, Jean; JOHNSON, Joyce Young. Tradução: Regina Garcez. Guia para Procedimentos de Enfermagem. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.